Resenha: Marina

Marina
de Carlos Ruiz Zafón,
Páginas: 192
Editora: Suma de letras.

Classificação: ♥♥♥♥♥

Sinopse: Na Barcelona dos anos 1980, o menino Óscar Drai, um solitário aluno de internato, conhece Marina, uma jovem misteriosa que vive num casarão com o pai idoso. Em passeios pela cidade, os dois presenciam uma cena estranha num cemitério e se envolvem na resolução de um mistério que remonta aos anos 1940. Numa tentativa inútil de escapar da própria memória, Oscar abandona sua cidade. Acreditava que, colocando-se a uma distância segura, as vozes do passado se calariam. Quinze anos mais tarde, ele regressa à cidade para exorcizar seus fantasmas e enfrentar suas lembranças - a macabra aventura que marcou sua juventude, o terror e a loucura que cercaram a história de amor.

Serei totalmente suspeita para falar de Marina! Pra começar, o nome do livro é perfeito brincadeira. haha

Confesso que comprei o livro por causa do nome, não esperava que fosse me agradar tanto e me fazer sentir tantas emoções. Zafón se tornou o meu escritor favorito depois que li Marina, já tinha escutado falar dele, mas sempre associava a uma leitura pesada e me surpreendi muito com ele.

O livro é narrado por Óscar Drai, um aluno de um internato que possui uma vida totalmente monótona. Óscar gosta de sair todas as tardes para andar pelas ruas de Barcelona e admirar os detalhes dos lugares, até que em um desses passeios, observa uma casa com aspecto de abandonada, mas percebe uma música saindo de dentro da mesma e então decide entrar atraído pela bela voz. Assim, quando menos esperava, acabou se tornando um ladrãozinho sem querer, pois observava um objeto e ao se dar conta de que havia alguém na sala acabou se assustando e saiu correndo, e é a partir deste incidente que ele conhece a bela Marina dos olhos acinzentados e seu pai Germán dono do objeto.

Marina, Óscar e Germán acabam criando uma linda amizade e me fez querer fazer parte de tudo que Zafón narrava. Mas se engana quem achar que no livro só encontrará amor e amizade, em Marina, você irá encontrar suspense e assim como eu, ficará intrigado com o mistério da dama de preto que eles tentam seguir no cemitério, a história assustadora e conturbada de Mijail Kolvenik, os bonecos que se mexem... ops, parei por aqui. É fascinante acompanhar Marina e Óscar tentando desvendar todo o mistério envolvido.

Enfim, se eu tivesse que definir o livro em apenas uma palavra, eu diria que ele é perfeito. Amor, amizade e suspense na medida certa.

Apesar de ter conseguido desvendar o que poderia acontecer e sofrido por antecipação, eu AMEI a história, eu AMEI a forma com que o Zafón escreve, eu simplesmente AMEI tudo. E como se já não bastasse ter tido amor a primeira vista devido o titulo, a vontade de ler aumentou ainda mais ao ler o que Zafón escreveu sobre o livro.

"De todos os livros que publiquei desde que comecei neste trabalho de escritor, ali por volta de 1992, Marina é um dos meus favoritos. (...) É possivelmente o mais indefinível e difícil de categorizar de todos os romances que escrevi, e talvez o mais pessoal de todos eles." Carlos Ruiz Zafón

Publicado em: 12/12/2013